O duelo de titãs

Não é novidade pra ninguém a dimensão da fortuna, do poderio, da influência das grandes marcas esportivas no mundo de hoje. Além de fornecer material esportivo para milhares de equipes dos mais variados esportes, elas patrocinam os atletas e usam-nos em cinematográficas campanhas publicitárias (Isso o mais novo estudante de Publicidade da praça, Marcelo Spina, explicará melhor) para cada vez mais fazer a cabeça e o corpo dos sedentos consumidores. As principais e as historicamente rivais são : a norte-americana Nike e a alemã Adidas.

As duas gigantes, por intermédio de suas eficazes jogadas de marketing e de seus produtos invariavelmente inovando, vêm cada vez monopolizando o mercado de material esportivo, acelerando assim a falência de outras empresas. Pra vocês terem uma ideia, a Nike nos últimos anos adquiriu a Umbro e a Adidas tornou-se a dona da Puma e da Reebok. Apesar de detentora das marcas, elas optaram, pela tradição que elas impõem, em continuar a usar os logotipos das marcas compradas.

Essa disputa pode ser evidenciada claramente no futebol. A maioria dos times rivais antagonizam-se também na escolha das marcas.

• Adidas x Nike

• Palmeiras x Corinthians

• Real Madrid x Barcelona

• River Plate x Boca Juniors

• Chelsea x Manchester United

• Glasgow Rangers x Celtic

• Milan x Inter de Milão

• Argentina x Brasil

Como já foi dito, os jogadores também são alvos estratégicos das empresas "tiopatinhescas". E não é difícil um atleta ser estrela de uma marca e ter que trajar uniformes da rival em seu clube. A contratação mais cara da história do futebol, Cristiano Ronaldo, um dos mais requisitados garotos-propagandas da Nike ( e que recentemente foi presenteado com uma chuteira sob medida) acabou de se transferir para o Real Madrid, time do qual a Adidas fornece material. Será que foi coincidência que o mais novo galáctico desfilou pela capital espanhola usando uma camisa com a mundialmente conhecida palavra NIKE em letras garrafais bem antes de sua apresentação oficial no Santiago Bernabeu? Eu acho que não.

Messi, jogador do Barcelona (Nike), patrocinado pela Adidas. Veja a camisa dele quando foi fotografado de férias na Disney semana passada.

Enfim, é uma concorrência acirrada que orbita na atmosfera dos esportes, cada vez mais capitalista. Até hoje, não foi provado nada de problemas ou incoveniências que essa rivalidade tenha gerado. E se elas conseguiram essa hegemonia foi por méritos. Esperamos que continuem assim.

Agora se a Nike fabrica seus calçados em países asiáticos usando mão-de-obra barata e desqualificada, faturando assim milhões e pagando ninharias para chineses, taiwaneses(não sei se é assim),vietnamitas e afins, isso é outra história... Se a Nike exerce influência na CBF, chegando a convocar jogadores, isso também é outro assunto a ser questionado.