segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entrevistas - Nenê (Paris Saint-Germain)

Demorou, mas voltou! Após uma "parada para hidratação" (*fazendo analogia com a pequena parada que os árbitros fazem para os jogadores se hidratarem*), o quadro "Entrevistas" está de volta, desta vez, com uma entrevista exclusiva com o atacante Nenê, um dos destaques do "novo rico" da Europa, Paris Saint-Germain.
Anderson Luiz de Carvalho, nascido no dia 19 de julho de 1981 na cidade de Jundiaí-SP, iniciou sua carreira futebolística com apenas 19 anos no time de sua cidade natal, o Etti Jundiaí (atual Paulista).
Depois de dois anos de destaque pelo clube do interior paulista, Nenê acabou sendo contratado pelo seu primeiro grande clube, o Palmeiras. Apesar de fazer parte do plantel que rebaixou o Palmeiras naquele ano, Nenê foi um dos poucos destaques daquela equipe, o que acabou lhe rendendo a convocação para a Seleção Brasileira Sub-23 e uma transferência, desta vez, para o Santos de Robinho, Diego e cia.
Foi no clube da Baixada Santista que Nenê alcançou projeção internacional e viveu seu melhor momento em clubes brasileiros, chegando a disputar a final da Libertadores daquele ano.
Derrota na final, transferência para a Europa e Seleção Brasileira são apenas algumas das histórias que Nenê nos conta, através de entrevista por e-mail, só aqui no Ritmo de Jogo.

(Jonas) - Bom, você que é um jogador que já atuou por vários clubes da Europa, principalmente da Espanha e França, qual a diferença entre o futebol brasileiro, espanhol e francês?

(Nenê) - Na Espanha a marcação é mais em cima. Não tem muito tempo para você para e pensar, por exemplo. No começo demorei um pouco para me adaptar, mas foi um período importante para evoluir taticamente. Já na França, não encontrei muitos problemas, pois lembra bastante o estilo do brasileiro.

(Jonas) - Você que já atuou em clubes como Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol, explique para nós como foi sua passagem por esses clubes e como é fazer sucesso em equipes de pequena expressão na Espanha.

(Nenê) - Mallorca foi importante por me abrir as portas no futebol europeu. Mesmo me adaptando a uma nova experiência (na época), consegui me sair bem. Tive também o prazer de fazer dupla de ataque com o camaronês Samuel Eto'o.
Já no Alavés, tive mais sequência e inclusive fui um dos destaques na campanha de acesso da equipe à elite. Foi uma passagem marcante. No Celta foi apenas uma temporada, mas também considero que fui bem. A equipe era boa, mas não conseguiu uma boa campanha e isso, de certa forma, "esconde" os valores individuais do time. Por fim, no Espanyol considero também como marcante. Lá, joguei com De La Peña, que também dispensa comentários, e apesar da irreguralidade da equipe, a torcida lotava o estádio todos os jogos, e isso fica na memória.
Sobre se destacar nestas equipes, é consequência de trabalhar com seriedade e estar sempre na busca do seu melhor. No final, os resultados aparecem.

(Jonas) - Hoje, você é um dos principais jogadores do Paris Saint-Germain e foi um dos destaques do último Campeonato Francês. Explique como é o ambiente no Paris Saint-Germain e quais as pretensões da sua equipe para esta temporada.

(Nenê) - O ambiente é muito bom e sem dúvida que isso conta no desempenho dentro de campo sim. O elenco é uma mescla de jogadores novos com outros mais experientes e já se percebe que deu resultado, pois a campanha foi melhor do que as últimas, sem contar que chegamos na última rodada ainda brigando por uma vaga na Liga dos Campeões.
Para esta temporada, o único pensamento é de conquistar títulos, seja na Ligue 1 (*Campeonato Francês*) ou em alguma competição europeia. Uma equipe como o PSG tem que pensar em ganhar sempre.

(Jonas) - Você tem, ou teve alguma proposta de algum outro clube para deixa Paris? Sonha em jogar em um grande clube da Europa?

(Nenê) - Quando você se destaca, sempre surge especulação nas janelas de transferências, mas de concreto não chegou nada até mim. Além disso, estou muito bem aqui no PSG e pretendo cumprir meu contrato, pois investiram bastante para me contratar.
Obs: Contrato de Nenê com os parisienses é válido até junho de 2013.

(Jonas) - Em 2003, você participou do elenco da Seleção Brasileira Sub-23. Conte para nós como foi esta experiência.

(Nenê) - Em qualquer categoria, vestir a camisa da Seleção é um privilégio, porque é onde se encontra os melhores na defesa pelo seu país. É uma experiência única e que penso estar próximo de se concretizar também na principal. O Mano Menezes é um técnico que acompanha os jogos, está sempre ligado e isso me deixa com esperança.

(Jonas) - Ainda em 2003, você também participou da Libertadores pelo Santos. Como foi disputar e chegar à final de uma competição tão almejada pelos clubes brasileiros? E qual foi o sentimento após o segundo jogo contra o Boca?

(Nenê) - Realmente é uma competição especial.Tem uma maneira diferente de se jogar e me acrescentou muito. Sem contar que aquele time do Santos era maravilhoso e contava com grandes atletas. De certa forma não foi surpresa, ao menos para nós jogadores, chegar na final.
E o sentimento de perder é horrível, principalmente por termos chegado tão perto. Mas também sabemos reconhecer que o Boca Juniors tinha ótimos jogadores também, além de mais experiência.
(Jonas) - Ao longo de sua carreira, você atuou com grandes jogadores como Robinho, Diego e até mesmo com Eto'o no Mallorca. Você mantém contato, ou tem amizade ainda com algum deles?

(Nenê) - Não é com certa frequência, mas sempre que possível nos falamos sim. Até porque, além de ótimos atletas, são ótimos como pessoas e essa amizade que construímos no decorrer da carreira é muito boa.

(Jonas) - Neste tempo que Mano Menezes está no comando da Seleção Brasileira, ele apostou em nomes como de Leandro Damião, Hulk, Fred... Você não acha que também deveria ter uma chance na Seleção? Sonha em disputar a Copa de 2014 no Brasil?

(Nenê) - Acho e estou muito confiante que minha chance está próxima de chegar. Recentemente, o Mano chegou a citar meu nome e isso é um ótimo sinal.
Sonho e muito. Acredito que é o desejo de qualquer atleta, ainda mais essa de 2014 que será aqui no Brasil.

(Jonas) - É verdade essa história de atuar com a camisa da seleção francesa? Você considera mesmo essa possibilidade?

(Nenê) - Na verdade, o que houve foi uma possibilidade de jogar pela seleção espanhola, já que tenho passaporte da Espanha. Pessoas ligadas ao técnico chegaram a conversar comigo antes da Copa de 2010. Mas eu prefiro jogar pelo Brasil mesmo, caso haja a possibilidade.

(Jonas) - E por último, no Brasil, você atuou pelo Etti Jundiaí (*atual Paulista*), Palmeiras e Santos. Você pretende voltar ao Brasil? Para qual time?

(Nenê) - Tenho enorme carinho por esses times citados e não tem como ser diferente. Claro que penso em retornar ao futebol brasileiro, mas tudo tem seu tempo, e ainda pretendo ficar por aqui. Sobre qual time é difícil dizer, pois o futebol é muito dinâmico.
Hoje, Nenê é um dos destaques do milionário Paris Saint-Germain. Participou de toda a pré-temporada pelo time francês, o que ajuda muito no decorrer da temporada, e foi o único brasileiro na seleção do último Campeonato Francês. Por essas e outras que Nenê continua em busca de um, merecido diga-se de passagem, lugar ao sol na Seleção Brasileira de Mano Menezes.

3 comentários:

Anônimo disse...

Valeu. Boa entrevista. Parabens.

Jonas disse...

Valeu anonimo! huahauha

Tática Assessoria disse...

Foi um prazer colaborar para que o pessoal do RITMO DE JOGO fizesse essa enrevista.
Grande abraço!
Tática Assessoria
Assessoria de Imprensa do Nenê