terça-feira, 8 de setembro de 2009

Você não vale nada mas eu gosto de você

O post de hoje direciona os holofotes para os jogadores mercenários, "traíras","Norminhas"(Caminho das Índias) os que mudam de como quem trocam de padaria. No entanto, o que também chama a atenção é o fato de que mesmo protagonizando atitudes, à primeira vista, imperdoáveis, eles conseguem ainda o carinho e a veneração da torcida rival, pelo simples fato de serem diferenciados, de resolverem em meio a muitos outros "fiéis" ao clube, porém brucutus, fracos tecnicamente. Entenda mais com os exemplos abaixo.

Vágner Love : Revelado e ídolo no Palmeiras durante e após conquista da Série B em 2003 foi transferido para o CKSA. Dois anos na Rússia o fez alimentar uma volta ao Brasil, só que o clube que almejava repatriá-lo era o Corinthians, rival do Verdão, inflacionado pelos dólares escusos da MSI. A transação não deu certo, mas uma coletiva com direito a camisa alvinegra confeccionada com o nome do atleta foi uma punhalada no coração dos palmeirenses. Anos se passaram, atacantes medíocres não se firmaram com a 9 alviverde e após brigas contudentes, o Verdão e o irreverente jogador voltaram a namorar e no momento estão em plena lua-de-mel. Vagner marcou logo na sua estreia.

Romário, Edmundo, Roger, Carlos Alberto, Petkovic, Felipe e afins : Bom, no futebol carioca, uma tremenda balbúrdia, esse fenômeno também é observado. Meias e atacantes, principalmente, pulam de galho em galho com uma normalidade impressionante contando com o pouco pesar das torcidas.

No futebol paulista podemos citar Viola (Palmeiras, Corinthians, Santos), Muller ( os 4 ), Paulo Nunes (Palmeiras e Corinthians), entre muitos outros que fizeram história no vizinho e foram contratados causando frisson nos dirigentes e na massa.

Para mim o exemplo mais catedrático é de Wanderley Luxemburgo o qual se alternou no Palmeiras, Corinthians e Santos durante muitos anos e chegando, na maioria das vezes, com tarimba e status de salvador da pátria.

"Você não vale nada mas eu gosto de você, tudo o que eu queria é saber porque", baseado nos geniais versos do Calcinha preta da pra se concluir que tudo isso um sentimento natural ( será que Freud explica?) aflorado quando um reforço, mesmo super identificado com o maior inimigo, veste a camisa e beijo o escudo de seu time. Sem saber onde me agarrar, vou me apegar ao clichê "Faz parte do espetáculo" e dizer em alto e bom som que é fantástico histórias como de Marcos, Rogério Ceni, Totti, Guardiola, mas que os mercenários também tem espaço no coração dos torcedores . Aceitamos mais exemplos nos comentários.

2 comentários:

João pé de Feijão disse...

Marcos, Rogério, Totti, Guardiola.. Maldini, Ryan Giggs

Jonas disse...

poe o fabio junior aii !!! akele atacante q saiu do cruzeiro pra roma, e alguns anos depois, foi pro atletico ¬¬'
msmo feito isso, ele eh um dos meus idolos :D
HUSashuAHSUa