sábado, 9 de janeiro de 2010

Tudo que a África não precisava

Estava tudo nos conformes. A primeira Copa do Mundo no continente africano - apesar de algumas divergências na construção de algumas obras - vinha dando ares ao mundo todo de planejamento e organização.

Contudo, ontem, uma tragédia na fronteira de Congo com Angola, sede da Copa Africana de Nações, manchou um pouco a imagem, até então intacta, dos africanos e liga o sinal de alerta da comunidade mundial.

Um ônibus que levava a Seleção de Togo para a Angola foi alvejado por uma frente separatista da região de Cabinda. (mais uma sequela provocada pelo mapa africano, recortado pelas potências europeias sem obedecer os limites étnicos). O goleiro Obilalé (Pontivy, da França) e o zagueiro Akakpo (Vaslui, da Romênia) foram os jogadores baleados. Além deles, o motorista, o assessor de imprensa, integrantes do staff e da comissão técnica e um jornalista também estão entre as vítimas. Até o momento, o única morte oficializada é do motorista.

Adebayor, atacante do Manchester City e principal astro da seleção togolesa, era um dos tripulantes aterrorizados com o episódio. Momentos após o acontecido, o craque relatou que teve que ajudar a carregar companheiros de seleção e que, amanhã, após reunião fechada, os togoleses, os quais não se classificaram para a Copa, decidirão se participarão da CAN.

Não é só a seleção de Togo que ameaça boicotar o torneio. Clubes ingleses como Arsenal, Chelsea, Portsmouth, Aston Villa e Manchester United, recheadíssimos de africanos, farão de tudo para que seus jogadores não disputem a competição.

Vale lembrar que Angola, país-sede, disponibilizou aviões para todas as seleções participantes e foi uma opção da Seleção de Togo viajar de ônibus.

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