sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

De 0 a 50º em 4 anos

O título desta matéria pode parecer sobre aquecimento global e problemas climáticos, mas é de futebol mesmo que estamos falando. De 0 a 50° em 4 anos é a diferença de temperatura entre uma Copa e outra a partir de 2018!
Ontem, na cidade suíça de Zurique, foram anunciados para o mundo inteiro os países que teriam o privilégio e a responsabilidade de sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022!
Rússia em 2018 e Qatar em 2022 foram os escolhidos pela entidade para sediar o maior evento futebolístico do planeta. Surpreendentemente, a FIFA acabou optando por dois países que, apesar da pouca tradição no esporte, nadam em rios de dinheiro oriundos do petróleo.
Entretanto, apesar do poderio financeiro destes dois estados, alguns "problemas" poderão atrapalhar o andamento destes futuros eventos, como por exemplo, a questão da temperatura.

Em 2018, mesmo a Copa ocorrendo no "verão" europeu, a temperatura neste período pode chegar a 0º, isso se até 2018, nenhuma mudança climática ocorrer. Já em 2022, o "problema" é ainda pior, porque é no verão do Oriente Médio que temperaturas absurdas como 50º acontecem. Porém, como dinheiro não é problema para os sheiks qatarianos, estádios climatizados foram prometidos para a Copa de 2022.

Com ou sem empecilhos, as Copas de 2018 e 2022 provam que em um mundo em crise, o dinheiro faz a diferença. Mesmo sem tradição alguma, Rússia (*cujo melhor colocação em mundiais foi um 4º lugar em 66 quando ainda era União Soviética*) e Qatar (*que nunca chegou a disputar uma Copa do Mundo e que, muito provavelmente, teremos pela segunda vez na história um país-sede não passando da fase de grupos*) passaram por cima de candidaturas de países tradicionais (*como Inglaterra, Espanha/Portugal, etc.*) e foram escolhidos para organizar estes eventos.

Por fim, a FIFA utiliza a desculpa de promover o futebol nestes países para "disfarçar" a verdadeira razão da escolha que foi os petrodólares, mas, escondendo ou não o verdadeiro motivo, podemos esperar com certeza, que duas grandes e organizadas Copas do Mundo virão, ao contrário desta balburdia que está sendo, por enquanto, a nossa.

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