terça-feira, 25 de agosto de 2009

Há 95 anos surgia o Alviverde imponente

No dia 26 de agosto de 1914 um grupo de imigrantes oriundos da "Velha Bota" fundava a "Societá Esportiva Palestra Itália", um clube criado para simbolizar toda a tradição e importância da colônia italiana no Brasil. Começou como quem não quer nada, e aos poucos tornou-se um dos mais conhecidos times de futebol do país e do mundo.

A primeira partida foi disputada em 1915 e foi uma vitória palestrina (2x0) contra o Savóia (digamos que seria o Votoraty de hoje). O primeiro título renomado viria no Campeonato Paulista de 1920. Com o passar dos anos, o futebol começou a ganhar espaço no Brasil e o Palestra espaço no coração dos brasileiros. Prova disso foi o Mundial de 1951, no Maracanã, quando o Palmeiras foi campeão em cima da Juventus, de Turim, e alentou um pouco o povo tupiniquim, extremamente frustrado e abalado com a derrota de 1950 contra o Uruguai, no chamado "Maracanazzo".

Em 1942, sob o governo de Getúlio Vargas, "aliado" dos Aliados (EUA, URSS, França, Inglaterra) e inimigos dos países do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), os Palestras Itálias (o de Minas é o Cruzeiro) foram obrigados a se desvincular ao máximo das raízes e se adequar a cultura nacional. Foi quando o Palestra Itália virou Palmeiras e o verde, branco e vermelho deu lugar ao, apenas, verde e branco.

Nas décadas seguintes, sobremaneira a de 60 e 70, o time alviverde destacou-se por ser um dos poucos times páreos para o Santos de Pelé, um dos maiores times de todos os tempos. Essa fase, recheada de títulos (Brasileiros de 72 e 73) e glórias, é alcunhada como "Academia" e teve como maior maestro Ademir da Guia. O futebol apresentado, ou melhor, ensinado era tão primoroso que em 1965, o Palmeiras foi convidado a representar a Seleção Brasileira (do ponta-esquerda ao massagista), em um amistoso contra o Uruguai, o qual marcou a inauguração do Estádio Mineirão.

Coincidentemente, foi só o "Divino" pendurar as chuteiras que os vitórias desapareceram. O Verdão ficou de 1977 a 1993 sem levantar uma taça sequer, exigindo da "torcida que canta e vibra" muita paciência e amor. No entanto, quem esperou foi recompensado. A fila terminou no início da década de 90 quando o Palmeiras firmou uma parceira com a empresa italiana Parmalat. Nessa fase o "Porco" abocanhou dois Brasileiros (93,94), uma Copa do Brasil (98), uma Libertadores (99), 3 Paulistas (93,94 e 96), entre outros.

Após o ciclo dourado, em 2002 veio o martírio. Foi o ano em que o Palmeiras viveu seu capítulo mais trágico. Por conta da incompetência, da desfaçatez, da ganância de cartolas, o alviverde foi rebaixado à Série B do Brasileiro. Os aproximadamente 15 milhões de fanáticos deram mais uma prova de amor e lealdade ao time que, no ano seguinte, voltou de onde jamais deveria ter saído.

De lá pra cá, o Verdão conquistou apenas 1 Campeonato Paulista (2008) e vem protagonizando campanhas bem razoáveis nos Brasileirões e Libertadores que participa. Neste Brasileiro, porém, o momento é diferente. Apresentando uma postura de equipe vencedor, o Verdão, sob a batuta de Muricy Ramalho, é líder a várias rodadas e enfrentará no final de semana o São Paulo, vice-líder, no Morumbi. Se vencer, podemos estar presenciando o início de talvez mais uma Academia. Contudo, se perder, é possível que a escassez de títulos, a desconfiança e a cornetagem da tradicional "turma do amendoim" aumente.

3 comentários:

Paulo Pacheco disse...

Lembrando que em 1981 o Palmeiras disputou a Taça de Prata, equivalente à Série B. Parabenizo os ex-papagaios por terem aderido ao "porco", criação corintiana, hehe!
Ainda bem que não era vivo para ver os 8 a 0 que o Corinthians tomou do Palestra em 1932 (ou 1933). Mas vivi, infelizmente, a semifinal da Libertadores de 2000.

Luan disse...

O "Brasileiro" de 81 foi uma bagunça generalizada. A colocação do Paulista dava vaga para a Série Ouro ou Prata. Nada a ver. Ah! Com certeza né. O Viola deve estar rindo à toa agora. São MAAARCOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS Paulo Pacheco é o nome dele auhauhauh

Luan disse...

o 8x0 foi 1933 UHAUHHUA