quinta-feira, 17 de maio de 2012

Seria cômico, se não fosse trágico

O futebol brasileiro, interpretado pelo Fluminense, reviveu um drama nesta quinta-feira. Uma cena trágica, inclusive, teve um remake. O lateral esquerdo Carlinhos, revelado pelo Santos, sentiu o nervosismo e foi expulso aos 33 minutos do primeiro tempo. Ele, que colocou a mão na bola, havia recebido o amarelo vinte minutos antes por uma falta dura. Com um a mais, o Boca Juniors venceu por 1 a 0.

Nove anos atrás, o mesmo personagem foi vivido por Roger. À época, o lateral esquerdo do Corinthians deu um pontapé no argentino D´Alessandro, do River Plate, e foi ao chuveiro mais cedo. O lapso do atleta, atualmente no futebol grego, contribuiu para a eliminação do Timão, que perdeu por 2 a 1.

Outra cena que insiste em continuar no repertório nacional é a fragilidade emocional diante da catimba argentina. Foi nítida, além do cartão vermelho de Carlinhos, a 'pipocada' do Flu no amedrontador La Bombonera. O veterano zagueiro Schiavi intimidou com certa facilidade os tricolores. A trama foi bem diferente da primeira fase da Libertadores, quando o Flu, com personalidade, bateu o clube hermano em seu estádio.

Por fim, outra atuação que seria cômica, se não fosse trágica, foi a do árbitro colombiano José Buitrago. Depois de ter mostrado todo seu viés pró time da casa na partida do Corinthians ante o Emelec, o juiz deu uma aula de como ser caseiro desde o apito inicial.

Conclusão: Para disputar uma Libertadores, é preciso, além de talento, jogo de cintura. Teatro argentino, arbitragens quixotescas e erros infantis, como os de Carlinhos e Roger Guerreiro, fazem parte do roteiro. Vamos ver se o Flu - provavelmente desfalcado de seus protagonistas Deco e Fred - conseguirá ser sucesso de bilheteria no Rio de Janeiro.

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